Desejo irresistível!

A inspiração desce louca e fria...

Corre insana pelo meu cérebro,

E nos meus pensamentos ela corre

Mais rápida que a caneta que eu deslizo

Sobre o papel para traduzi-la em palavras

Minha poesia grita nos meus ouvidos,

Ecoando na madrugada sem fim...

Ela torna-se palpável,

Posso vê-la correndo ao meu encontro,

Violenta, atira–me à cama ou ao chão,

E ali mesmo me possui...

Sei que não posso resistir, pois ela sempre será mais forte!

E sei que nunca resistirei, pois a cada vez que

Me possui o desejo de tê-la novamente

Torna-se ainda mais forte e irresistível!

Ju culau - 30/05/2004

Homenagem à minha eterna amiga, Gre!

Somente, devaneios....

Ainda acredito que mentir pra si mesmo é a pior mentira!
E enquanto alguns preferem esconder-se atrás de suas máscaras coloridas e vestir-se de mentiras cheirosas, prefiro minha cara imunda e minha nudez desgastada...
Esses alguns também gostam de sentir-se presos às cadeias da vida e pessoas...
Enquanto eu preciso espaço para flutuar...sentir que minhas asas ainda podem me levar onde quero estar, sentir que posso me perder nesse mundo sem fim sem ter medo de mim!!

Ensueños...

Todo lo que pasé/paso…es un ensueño

Y a cada golpe me despierto…sin querer

Pero sigo deseando volver a mis sueños

Así no tengo que aceptar lo real…o sea,

Lo que me presentan como real…

Al fin…no sé más distinguir ¡irreal y real!

Aún prefiero seguir así…ya que

Probablemente, no exista nada que me haga feliz…

Juh Culau - 31/01/2010

Tirando as teias....

Depois de longo período atirado às moscas, este blog volta a funcionar...fogo na caldeeeiraa!!!!
E não poderia ser de um jeito melhor...com uma delícia saindo quentinha do forno, dedicada ao meu mais novo amigo: Pedro...

Ao meu querido “Petrus”:

Ele, a sorte fez ser
Quem me escolhesse...
Ainda que sem saber,
Eu também o quisesse

Menino-moleque,
Flautista sapeca,
O riso (s)em pranto,
Um doce (en)canto.
Meio palhaço
E inteiro poeta...
Meu pequeno grande
“PALHAÇOETA”

Veio assim, de repente
Encantou-me à beça.
E em mim, a semente
Do palco começa...

Alegria e riso plantou
Amizade sincera/eterna
Em mim conquistou!
Assina, “tua pequena”...


JuhCulau – 26/07/2010 (01:25am)

 Pedro, o Palhaçoeta!

Juliana culau – 23/04/05

Ícones
Coloridos e desafiadores
Apontam o caminho
Que devo seguir
Raios ininterruptos
Iluminam
Um beco-sem-saída
E anunciam
A violenta tempestade
Sigo pegadas de sangue
Marcadas no gesso...
Sinto mãos congelantes
Que agarram
E puxam, agilmente
Meus pés dormentes
De tanto vaguear...
Me vejo cega,
Tateando muros
De pedra fria e,
Semsaber,
Sigo ate o Precipíciodaconsolação
E lá, num salto inesperado,
Despenco para os braços
Daquela que durante todavida ...
Me esperou paciente:

A morte!

Sono / Insone!

Olhos abertos e o sono escondido em algum canto do quarto...Viro-me na cama.

Um horizonte róseo me sorri no meio de uma noite fria e clara.

Telhados brancos me espreitam através duma brecha de luz da minha vidraça.

Estrelas mancham um céu esbranquiçado com pequenos pontos de luz dispersos no imenso manto da noite. Janelas trancadas e escuras zelam sonos encobertos e indicam que o dia tardará em chegar.

O tic-tac incessante do relógio torna-se ensurdecedor na noite silenciosa.

Escuto o galo espreguiçando-se e entoando seu canto matutino. O horizonte agora está avermelhado, em meio a uma névoa quase mística, sorrindo-me maliciosamente.

Algumas janelas, já iluminadas, indicam a alvorada. Meu relógio está quieto...ou será que o seu tic-tac constante mesclou-se com os demais ruídos de modo que eu não possa mais ouvi-lo?

Agora que o galo já anunciou a aurora, silencia-se novamente...Enfim o sono puxa-me à escuridão para mais um descanso matutino, habitué!

24/06/05 - Ju Culau - SM

01:40-06:30

On the road from A to Z

Agora que ando de
Bagagens e mochila nas
Costas, sigo o meu caminho.
De dedo em dedo...
Estações vazias, noites:
Frias e escuras, madrugadas...
Geladas! Aí vem a velha
História...
Isto
Jamais aconteceria se em
Kansas City eu estivesse...
Lá eu tinha de tudo e
Mais um pouco
Não fazia nada por mim.
O que comia e vestia
Papai / mamãe me dava
Quero ver agora, por aí nas
Ruas e estradas
Sem teto nem
Tostão! Como
Um andarilho
Vagabundeando de estação of the
World a estação
York City! Ou...
Xô oxum
Zabadaré, lá vou eu de pangaré!

Juliana Culau – 20/04/2005












*Minha humilde e sincera homenagem ao “On the Road” livro de Jack Kerouac, pai da geração Beat!

Bye-bye, baby...

Na mochila desbotada: uma muda de roupas,

Minha velha botina militar,

Alguns discos raros,

Meu livro de cabeceira,

Recortes de jornais (valiosos para mim),

Meu maço de cigarros e,

Obviamente, minha inseparável garrafa de Bourbon...

No corpo: uma camiseta qualquer por baixo de uma desbotada camiseta do “The Doors”, meu jeans igualmente velho, escondendo o allstar encardido de girar mundo e chutar pedras...

No ombro, a mochila e na carteira alguns dólares, o suficiente para sobreviver ate a próxima estação!

Assim seguirei meu rumo, nestes trilhos;

Assim vou entrar num trem e partir.

Nunca mais me verão...

Não será preciso nem dizer:

-Bye-bye baby... I’m going to California!

Ju Culau-30/05/2004

*mais uma do meu baú^^ - saudações a todos!!

Nostalgia...

Nostalgia (francês nostalgie) :Estado melancólico causado pela falta de algo.

Tem dias em que me vejo dominada por esse estado/sentimento (?) sem saber do que exatamente sinto falta! Ouvindo uma música que eu nem conhecia...(ou estaria ela gravada no meu inconsciente?), vendo uma paisagem até então desconhecida, sentar ao ar livre e sentir o vento da noite, e até mesmo escutando histórias de uma época na qual não vivi (teoricamente , ao menos).
Como sentir falta do que se não viveu? ou do que não se conhecia... Para essas perguntas não tenho as respostas...
Às vezes sinto que essa nostalgia mistura-se a uma saudade do tempo em que havia felicidade, uma felicidade inocente, ao meu redor sem saber que um dia ela acabaria, e antes mesmo que eu me desse conta da sua existência... E começo a acreditar que tudo, nesta nossa curta existência aqui, é assim: somente podemos nos dar conta de que algo foi tão bom quando já sentimos saudade daquele tempo...

Enfim, não há motivos para expor aqui uma conclusão, afinal essas considerações não são mais que devaneios de uma destrambelhada!

Saudações gauchescas y tricolores^^

Amante- Assassino...

Mergulhada em álcool sinto meu espírito desprender-se do meu corpo...
Sinto, na velocidade de 2 rodas, o sabor do vento que vem ao meu encontro de braços abertos… com a boca escancarada… língua à mostra, pronto pra me devorar, com olhos famintos, me joga no asfalto como se fosse numa negra colcha de cetim, numa linda cama pronta para acolher dois amantes famintos e insaciáveis… rolamos num beijo frenético…
…luzes, tumulto, vozes, barulhos confusos!
Neil Young canta Are you passionate? num sussurro quase inaudível até que eu não possa mais escutá-lo…
Meu amante se foi…fecho os olhos devagar
...escuridão;
uma roda negra gira sem parar numa dança maluca...
…um LP?
…ou um pneu?
Nada disso...tudo está escuro!
Não há música!
Não há dança!
Nem amante...só há a morte… uma morte que me rodeia sorrateira, e tudo que sinto é um frio incalculável congelando meus ossos e um tremendo vazio no peito…
…assassino!
Juliana Culau – 21/05/04

(também tá mofada...heuehueh bjus)

Mais uma nova velha ^^

Mais uma das antigas...pra cheirar um pouco de poeira^^
gosto dos meus escritos com bolor...
saudações...


Sexta-feira!

“O sol se vai...
A sombra continua descendo!
Já posso sentir o frio,
Congelando meus ossos...
A sombra cresce impiedosa!”

(meus dedos já não podem escrever)

O vento, batendo na cortina, acaba de quebrar um copo de conhaque esquecido na janela, o que me faz perder completamente a inspiração... Amasso o rascunho mal feito, jogando-o pro lado!
Ligo meu Polivox, tentando achar, em meio a toda bagunça, algum álbum de “inspiração”... - Puta merda! – acabo pisando no que restou do copo, há pouco quebrado, arranco-o do pé e vou deitar no sofá, com os dedos ensangüentados, amaldiçoando o vento e outras intempéries...

Juliana Culau-25/04/04-

Expectativas...

Mais uma postagem...desta vez uma bem fresquinha^^

Ainda não tenho respostas pra pergunta: "pq criar tantas expectativas em torno de algo e acabar decepcionado?" Talvez seja porque gostamos de iludir-nos? ou seria pq vivemos uma constante busca de algo que nos falta? ou por ser tão certo que vamos nos decepcionar é que queremos acreditar q não? Não sei, realmente, a resposta adequada, se é que ela existe. Mas a cada vez que isso acaba acontecendo comigo, eu sempre acabo prometendo não criar mais expectativas positivas sobre nada e ninguém, muito menos baseada em comentários de outros, e o que acontece? Sempre... sempre acabo criando essa maldita expectativa...ou seria boa? Talvez o verdadeiro prazer esteja em criar essa suposta expectativa, e não numa verdadeira confirmação de que esta esteja certa... (é acho que voto nessa resposta hehehe). De repente mais que expectativa, exista por trás disto a curiosidade (no meu caso heuheuheuh) maior que qualquer propósito tomado antes...XD. Acho que devo parar de prometer não criar a tal expectativa, já que não cumprirei tal promessa...XP

Bjus p/ todos^^

Bon appetit!

Ainda remexendo em alguns escritos bolorentos, encontrei esse memorável XD
sempre muito sutil...hueheuheuheu

Bom apetite! huehuehue

Cardápio duvidoso...

Gosto de homens maduros
Homens que à noite esquecem tudo
Que voltam à adolescência
E fazem tudo com imprudência
Sem pensar nas conseqüências...
Sem se preocupar com o futuro
Homens pra chupar com limão
Comer com berinjela e macarrão
Homens pra beber na tigela,
Mascar com chiclete e beber com groselha...
Homens pra mascar com gengibre e engolir com chuchu
Homens pra quebrar feito ovo e engolir cru!

Ju Culau-15/08/2004

Efemeridade da Vida!

Trago nesta primeira postagem, uns escritos bem antigos, mas que valem no presente tempo... e falando em tempo, passo a palavra ao meu "texto".

Eis aí a minha e a tua vida...

Minha vida está queimando como a ponta de um cigarro na noite
E derretendo como cubos de gelo num copo de Gim...e aos poucos tem se terminado...
Meus ossos, como a lenha duma fogueira, estão se queimando...
Em meu coração há uma grande ferida aberta, e exposta ao tempo ela sangra e infecciona; meu coração está seco e árido como o deserto. Minha pele é como se fosse uma fina seda recobrindo meus ossos que se pegam a ela em virtude de meu imenso sofrer.
Meu pão tem sido as cinzas da noite passada e minha bebida tem se confundido com minhas lágrimas.
Como as sombras que se terminam são meus dias e como o trigo no campo, estou secando...
Eis que assim é a vida!
Eis que assim a morte me espreita: sorrateira e pronta a me assaltar no momento que lhe for oportuno...

Ju Culau-09/09/2004(inspirada em Salmos: 102)

Saudações!